Startup canadense 3rdi Lab já estreou a tecnologia no Museu Catavento em São Paulo. Empresa já está em tratativas para levar a experiência para o MASP e Museu do Ipiranga
Usar QR Code para saber mais sobre uma obra ou escultura já é coisa do passado! A startup canadense 3rdi Lab, especializada em desenvolver ferramentas tecnológicas de realidade aumentada com apoio de inteligência artificial, acaba de aterrissar no Brasil para oferecer uma nova experiência aos visitantes de museus e galerias.
Com apenas um aplicativo, o visitante pode apontar a câmera do celular para qualquer obra de arte e obter, em tempo real, informações sobre o autor, áudios explicativos, vídeos, animações e até interatividade, tornando a experiência imersiva ainda mais memorável. “Acreditamos que cada exposição tem uma história para contar. Nossa solução facilita a fusão da realidade com o mundo digital, criando exposições multissensoriais que conectam o público à arte e à cultura como nunca antes”, afirma o CEO e fundador da 3rdi Lab, Raj Nayak.
Fundada em 2018, a 3rdi Lab desenvolve tecnologias voltadas a fornecer ao mercado de arte e cultura ferramentas que permitam acesso a narrativas imersivas por meio da inteligência artificial. A empresa faz parte do Canada Hub, iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) que oferece todas as condições para empresas canadenses se estabelecerem no Brasil.
De acordo com Raj Nayak, esse apoio foi essencial para que a chegada ao Brasil se tornasse uma realidade. As negociações com o Museu Catavento tiveram início em julho do ano passado e a nova experiência já foi disponibilizada aos visitantes em 26 de março deste ano, celebrando as comemorações de aniversário do museu localizado no Palácio das Indústrias -construído no início do século XX e que já foi sede da prefeitura de São Paulo.
Um leque de oportunidades
Tendo já registrado uma visitação anual total de 38,46 milhões de pessoas a museus em 2018 (volume que caiu para 7 milhões em 2020, por conta da pandemia), o Brasil representa uma oportunidade de negócios bastante importante para empresas que, como a 3rdi Lab, desenvolvem soluções inovadoras que permitam enriquecer a experiência dos seus visitantes.
Apenas em São Paulo, o Canada Hub identificou uma série de instituições que poderiam utilizar essa nova tecnologia. Elas incluem a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Moderna (MAM), o Museu da Imigração, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) e o Museu Afro Brasil, entre outras.
Nayak lembra que o Brasil está entre os países que mais arrecadam recursos com a venda de ingressos para museus no mundo – o que o torna um mercado bastante importante para a ferramenta desenvolvida pela 3rdi Lab. “Temos mantido conversas com outras instituições no Brasil, como o Museu da Imagem e do Som (MIS), o Museu do Futebol, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em setembro, o Museu do Ipiranga será reaberto, e há a possibilidade que possamos desenvolver algo também para lá. Há muita coisa acontecendo no Brasil para nós, e o Museu Catavento foi um excelente lançamento”, avalia.
No exterior, a 3rdi Lab já possui como parceiros instituições renomadas, tais como: Art Gallery of Nova Scotia, Associação Canadense de Museus, Rede de Organização de Museus Europeus e a Aliança Americana de Museus, entre outros.