No dia 8 de junho de 2024, sábado, a partir das 13 horas, acontece a mostra cultural Eles e Elas que Decantam o Nordeste, em Mogi das Cruzes, SP, na Escola Estadual Maria Isabel de Santos Mello, que fica na Av. Presidente Altino Arantes, 100, no bairro de Jundiapeba. O ritmo musical forró e arte da literatura de cordel são os temas que norteiam o evento multidisciplinar pedagógico, que tem entrada gratuita e acessibilidade em Libras.
Mantendo o enfoque nos elementos “música, literatura e dança”, a mostra Eles e Elas inicia com uma Roda de Conversa entre o público e a escritora e ilustradora potiguar Nireuda Longobardi, às 13 horas. O Sarau Bodega do Brasil, reconhecido por reverenciar a cultura popular nordestina, realiza um encontro cheio de muita música e poesia, às 14 horas. Na sequência, às 15 horas, os Alunos da MISM – E. E. Maria Isabel dos Santos Mello fazem apresentações de danças regionais.
A programação segue com show de Cacá Lopes, cantor, violonista e compositor nordestino, que se apresenta às 16 horas; e com uma Oficina de Dança, ministrada pela professora e pesquisadora do forró urbano, Íris De Franco, e pelo dançarino e professor Evandro Paz, às 17 horas, que prometem fazer o público balançar. A atração de encerramento fica por conta do grupo Luarada Brasileira, formado por Cicinho Silva, Ivan Rodrigo, Clebinho Santos e Antonio Batista, que fecha o evento às 18 horas, cujo show passeia pelas muitas vertentes do forró — do tradicional ao contemporâneo.
O público, crianças e adultos, ainda pode participar de Oficinas de Argila, com o mestre Pedro Artesão: uma vivência imersiva na qual os participantes terão a oportunidade de criar suas próprias esculturas de barro. As inscrições para as vivências começam às 14 horas. E não vão faltar barracas com delícias da culinária nordestina e brasileira, comandadas por pais/mães de alunos da Escola, ex-alunos e pessoas da comunidade, via projeto de Empreendedorismo Solidário.
O projeto Eles e Elas que Decantam o Nordeste, idealizado por Elielma Carvalho (pedagoga, cordelista, produtora e gestora cultural) é uma realização da Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio do Programa de Fomento à Arte e Cultura de Mogi das Cruzes (PROFAC). A mostra tem o propósito de fomentar e difundir o forró e a literatura de cordel, propiciando uma imersão do público nessas duas fontes genuínas da cultura popular brasileira, por meio do lazer, da diversão e da reflexão. Além de contar com intérpretes de Libras nas atrações, o evento ocorre em local com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Serviço
Mostra Cultural: Eles e Elas que Decantam o Nordeste
Data: 8 de junho de 2024 – Sábado, a partir das 13 horas
Local: Escola Estadual Maria Isabel de Santos Mello – Av. Presidente Altino Arantes, 100 – Jundiapeba. Mogi das Cruzes/SP.
Tradução em Libras. Acessibilidade: PCD e pessoas com mobilidade reduzida.
Gratuito (aberto à toda a comunidade). Classificação: Livre.
Programação
13h00 – Roda de Conversa: Nireuda Longobard
14h00 – Sarau Bodega do Brasil
14h00 – Oficina de argila: Pedro Artesão – Início das inscrições.
15h00 – Apresentação: Alunos da MISM – E. E. Maria Isabel de Santos Mello
16h00 – Show: Cacá Lopes
17h00 – Oficina de Dança: Íris De Franco e Evandro Paz
18h00 – Show: Luarada Brasileira.
Quem participa
Nireuda Longobardi – A escritora e ilustradora Nireuda Longobardi é potiguar, nascida em casa, na Fazenda Zabelê, distrito de Touros, RN. É arte-educadora, ilustra e escreve livros para a infância. Suas publicações integram programas de governos e catálogos de referência, como em Bologna e Frankfurt. Sua obra O Homem Sem Alma (Editora do Brasil, 2019) recebeu o selo Seleção Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio e recebeu o termo Altamente Recomendável pelo Fundação Nacional do Livro, em 2020.
Sarau Bodega do Brasil – O Sarau Bodega do Brasil vem escrevendo sua história na cena dos saraus atuantes na cidade de São Paulo. Desde outubro de 2009, promove um evento por mês na Vila Buarque, região central da capital. Trata-se de um amplo encontro de culturas populares, com destaque para a cultura nordestina: cordel, repente, aboio, embolada, poesia, dança e muita música brasileira. Idealizado pelo poeta cearense Costa Senna e coordenado por um coletivo de artistas, entre eles Cacá Lopes, Cleusa Santo, Adão Santos, Júbilo e Ornela Jacobino e Ângela Dizioli, o Bodega está hoje entre os principais Saraus da metrópole paulistana.
Pedro Artesão – Nascido em Caicó, RN, Pedro Ferreira chegou à capital paulista, em 1985, e, nos primeiros cinco anos, marcou presença na ponte aérea São Paulo x Rio de Janeiro, devido aos seus trabalhos com arte. É múltiplo artista: mestre artesão, ceramista, artista plástico, escultor, dramaturgo, arte-educador, eco artista, curador de artes e produtor cultural, além de professor de arte em cerâmica com foco em jardinagem, paisagismo e cenografia. Seu primeiro contato com o barro foi aos 6 anos, por meio da tia-mãe, a artesã Dona Raimunda, e de sua avó Cícera, já demonstrando seu dom nas primeiras peças. Os trabalhos de Pedro já foram vistos em mostras por todo o Brasil e no exterior, e em cenas de novelas da Rede Globo, entre elas Roque Santeiro e Avenida Brasil.
Apresentação de Alunos da MISM – Os alunos da E. E. Maria Isabel dos Santos Mello fazem apresentações de danças regionais ao som de canções do repertório típico nordestino.
Cacá Lopes – Natural de Araripina, PE, Cacá Lopes celebra 40 anos de carreira em 2024. Além de atuar como cantor, violonista e compositor, também desenvolve o projeto Cordel nas Escolas, há mais de 20 anos, que permite a inclusão do gênero literário como ferramenta pedagógica em instituições de ensino. Como cordelista, é autor de três dezenas de cordéis publicados, entre eles: Hino Nacional Brasileiro em Cordel, A Invasão do Estrangeirismo, Cordel do Trava Língua, Provérbios Engraçados, O Semeador de Livros, O Que é o Forró? e cordéis sobre os bairros de São Paulo. Também possui três livros publicados: Cinderela em Cordel (Ed. Claridade); Araripina em Cordel (Educon) e Vida e Obra de Gonzagão (Ensinamento / Imeph). Cacá é um dos fundadores do SP Cordel e do Coletivo SP Forró e integra o Fórum Estadual do Forró. Atua como curador do Festival Estética das Periferias pelo Território de Guaianases (SP) e coordena, desde 2009, o Sarau Bodega do Brasil.
Íris De Franco – Íris está no movimento forrozeiro desde 1997. É professora e pesquisadora de forró urbano e uma das idealizadoras e gestoras do projeto Mulheres que Conduzem, que promove vivências de percepção, descoberta e fortalecimento dos potenciais da mulher na dança e na vida. Pela integração do corpo, mente e alma, e pela transformação humana e da sociedade por meio do forró, utiliza a dança, a meditação e as rodas de conversa como instrumentos terapêuticos e políticos para desierarquização, descolonização e desconstrução do patriarcado, machismo e racismo estruturais. Formada em Artes pela USP, foi professora do ensino infantil e fundamental em São Paulo. Foi contemplada com o Prêmio Anastácia de Forró, em 2022, pela prefeitura de São Paulo e 2º Edital da Lei do Forró.
Evandro Paz – Reeducador corporal, graduando em Dança e Movimento, o prof. Evandro Paz coordenou a equipe de professoras/es da casa noturna Remelexo Brasil, por 19 anos, ajudando na formação de gerações de dançarinas/os e professoras/es de forró. Desde 2010, ministra aulas por várias partes do mundo – Europa, Ásia, USA e América do Sul – ensinando e difundindo a cultura brasileira, sendo reconhecido e recebendo vários prêmios por ser um multiplicador mundial do forró.
Luarada Brasileira – O Luarada Brasileira é formado por Cicinho Silva (sanfona), Ivan Rodrigo (zabumba), Clebinho Santos (voz e triângulo) e Antonio Batista (guitarra). Antes de fundar o grupo, em 2022, os músicos já se apresentavam juntos em espaços culturais, casas de shows e eventos. A trajetória do Luarada soma mais de 80 apresentações, além do lançamento do primeiro EP, Três É Demais (2024), que veio consolidar o trabalho. O grupo foi batizado de Luarada Brasileira pelo poeta cordelista Cacá Lopes como uma homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga, que recebeu o apelido carinhoso de Mestre Lua; também é uma referência a um dos clássicos da música brasileira, a toada “Luar do Sertão”, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense, que o próprio Gonzagão regravou, em 1981. O forró e suas vertentes, a música nordestina, está presente em cada um dos componentes do grupo. Todos têm raízes familiares nordestinas fortalecidas com forró pé de serra.
Elielma Carvalho (idealização e produção) – Pernambucana de Araripina, Elielma é pedagoga, cordelista e gestora cultural. Formada em Pedagogia pelo Centro Universitário São Camilo e em Gestão de Projetos Culturais pela faculdade SESI. Como produtora cultural, geriu projetos aprovados pela Aldir Blanc Estado de São Paulo; PROFAC e LPG – Mogi das Cruzes; e Fomento ao Forró, Fomento a Música e Fomento a Capoeira da Cidade de São Paulo, além de integrar o GT do Forró, junto ao IPHAN de São Paulo. É poeta cordelista com duas publicações – Florescência Humana e Sexualidade – Uma Prosa em Versos (2023) – e cinco publicações coletivas – PAGU – A Mulher Revolução (2023), Mulheres Indígenas que Marcaram a História (2022), Mulheres Negras que Marcaram a História (2021), Coletânea Literária: Bodega do Brasil em Tempo de Poesia (2021) e Justiça Violada (2020).