Professora do curso de Estética e Cosmética do Unipê, Me. Samara Vitória Ferreira de Araújo, explica tudo sobre os procedimentos para valorizar o olhar
O mundo da estética está revolucionando, mudando e crescendo cada vez mais. Todos os dias são lançados uma nova moda, estilo ou procedimentos de beleza e com os cílios não foi diferente. Para dar mais volume e valorização aos olhos, a técnica de alongamento dos cílios é um procedimento estético facial onde são inseridos suportes de papel sob os cílios, possibilitando que o profissional separe os fios naturais e aplique os sintéticos por cima, com auxílio de um adesivo.
A professora Samara Vitória Ferreira de Araújo, do curso de Estética e Cosmética do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, explica que existem três tipos de alongamento: o fio a fio, que consiste em colar fios sintéticos em cada um dos naturais; o volume russo, no qual cada fio de cílio natural recebe de dois a três sintéticos e o tufo ou 3D, no qual são inseridos mais porções de fios prontos em cada um dos cílios, garantindo mais volume.
Segundo a professora, os procedimentos são realizados por profissionais capacitados chamados extensionistas de cílios e necessita de muita prática, atenção e delicadeza para que a pele do cliente não seja prejudicada. “O procedimento pode ocasionar alterações e danos oculares. Inicialmente, os fios ficam mais pesados após a colagem dos pelos sintéticos, além disso, podem cair com mais facilidade, perdendo a proteção ocular. Alguns incômodos também estão associados: olheiras, ardência, coceira e vermelhidão nos olhos. É importante manter os cuidados indicados pelos profissionais, como a higienização e em casos mais graves, é necessário procurar um oftalmologista”, explica.
O alongamento dura entra 30 e 45 dias e pode ser refeito por tempo ilimitado. É indicado que haja uma pausa entre as manutenções para que os cílios naturais possam ficar mais fortes e para dar um tempo entre os produtos químicos utilizados.
As extensões dos cílios são fibras sintéticas, geralmente poliéster, aplicadas nos cílios naturais para que fiquem mais longos e volumosos, com finalidades estéticas. As fibras são fixadas com uma cola específica que contém em sua composição produtos químicos como formaldeído, chumbo e ácido benzóico.
Por fim, a professora do Unipê ressalta que podem existir riscos sim. “Com cuidados as chances são mínimas, porém a complicação mais comum associada à extensão de cílios foi a blefarite alérgica em 79% dos pacientes no estudo de Masud M. Além disso, ceratoconjuntivite, erosão conjuntival, lesões corneanas, alopécia tracional ou quebra dos cílios naturais são as principais descritas. Ou seja, todo cuidado é pouco”, finaliza.