Atividade física e sono: entenda a relação

Estudos apontam que exercícios físicos ajudam a atingir o sono reparador e auxiliam de forma benéfica em distúrbios, como a apneia

Em uma análise de Charlene Gamaldo, M.D., diretora médica do Johns Hopkins Center for Sleep no Howard County General Hospital, nos Estados Unidos, pessoas que praticaram pelo menos 30 minutos de exercícios moderados notaram diferença na qualidade do sono, no mesmo dia em que praticaram atividade física.1 “Atividade física é fundamental para a saúde de uma forma geral, como todos sabem, tanto para a mente, quanto para o físico. Como médico, reforço a importância da prática de exercícios físicos regularmente. Além disso, já sabemos da melhora em índices glicêmicos, metabolismo, pressão arterial, bom humor diário, entre diversos outros fatores”, declara Rodrigo P. Pedrosa, cardiologista, médico do sono e coordenador do Laboratório do Sono do PROCAPE da Universidade de Pernambuco.

Segundo o cardiologista, ao praticar exercício físico há uma melhora na condição do sono reparador, o mais profundo e de melhor qualidade.2 O sono restaurador, promove o bem-estar para o dia todo.3 Além da boa relação com a melhora da ansiedade, do humor, do bem-estar e da disposição.3 “Afinal, ao dormir, as pessoas não estão apenas repousando, o organismo também está metabolicamente ativo e uma série de hormônios importantes para a saúde estão sendo produzidos”, afirma Pedrosa.

A atividade física regular pode afetar positivamente distúrbios do sono como a apneia obstrutiva, por meio da perda de peso, aumento do tônus muscular das vias aéreas superiores e da diminuição do acúmulo de fluido no pescoço. Os principais benefícios para os pacientes incluem a redução da gravidade da condição e da sonolência diurna, além de aumento da eficiência do sono durante a noite e consumo máximo de oxigênio.2

O médico Rodrigo P. Pedrosa aponta que em um estudo4 foram observados os efeitos do exercício físico na composição corporal de pacientes com apneia do sono, pois houve melhora do percentual de gordura e massa corporal total e da circunferência do pescoço. Segundo ele, a atividade física pode melhorar de forma objetiva a composição corporal, diminuindo a severidade da apneia.2

A apneia do sono é um distúrbio comum relacionado a piora da qualidade de vida e sono, além de problemas de saúde como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares., que deve ser investigada e tratada nos casos moderados e graves. No Brasil, estudo publicado em 2019 mostrou que o percentual pode chegar a 49,7% da população.5

Alguns sinais que podem indicar a presença do distúrbio são: ronco, cansaço diurno constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais, humor depressivo, falta de energia, esquecimento ou hábito constante de acordar para ir ao banheiro.6

Ainda que a atividade física seja auxiliar, uma vez que a apneia do sono é diagnosticada, um dos tratamentos mais indicados é a adoção regular do CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas).7 No Brasil, o tratamento para apneia pode ser realizado com equipamentos ResMed, líder mundial de soluções para o tratamento da condição. Pacientes podem acompanhar sua própria terapia com CPAP por um aplicativo gratuito e fácil de usar, chamado myAir™. O app fornece uma pontuação diária sobre como a pessoa dormiu e inclui vídeos e informações personalizadas de treinamento com base nos dados de terapia, que melhoram a adesão ao tratamento.8

Referências:

  1. Disponível em: https://www.hopkinsmedicine.org/health/wellness-and-prevention/exercising-for-better-sleep
  2. J Bras Pneumol. 2016;42(6):457-464
  3. Disponível em: https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/dormir-bem-importancia-de-uma-boa-noite-de-sono
  4. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34547647/
  5. Benjafield et al. Lancet Resp. Med. 2019; 6-9.
  6. Disponível em: https://www.resmed.com.br/apneia/home
  7. AASM Clinical Practice Guidelines. Treatment of OSA with PAP. J Clin. Sleep Med. 2019; 15(2):335-43.
  8. Malhotra A, et al. Chest, 2018. Disponível em: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)33073-8/fulltext

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