Por Gabriel Redondano, Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia)
A combinação entre positividade e saúde é um aspecto importante do processo de humanização no atendimento ao paciente. Especialmente em momentos delicados e de grande tensão, como internações e cirurgias, por exemplo, é essencial manter a leveza, o bom humor e os sorrisos.
Esses três fatores são capazes não apenas de impactar positivamente o paciente, mas também acabam por envolver e engajar seus familiares e pessoas queridas. Também alcançam a própria equipe do hospital, trazendo benefícios para toda a comunidade hospitalar.
Manifestações de amor, carinho e atenção fazem a diferença no tratamento. Lembrar o quanto uma pessoa é querida e amada, em um momento de tamanha delicadeza e fragilidade, é essencial para contribuir com o processo de recuperação e fortalecimento da saúde.
Nos últimos anos, a preocupação com essas questões extrapolou as paredes dos hospitais e alcançou outras esferas da vida pública, como as organizações governamentais.
Instituições como os Doutores da Alegria, por exemplo, trazem seus médicos “besteirologistas” para cantar, brincar e dialogar com pacientes internados em hospitais de diversas cidades do Brasil.
O foco inicial do Doutores da Alegria são as crianças, mas é inegável que o trabalho dos “besteirólogos” atinge também os acompanhantes, as equipes de enfermaria e até os pacientes mais velhos.
Os famosos também se sensibilizam com essas questões. Em países como os Estados Unidos, é muito comum que atores, atletas e personalidades em geral visitem os hospitais para conversar com os pacientes.
Alguns, como o ator Tom Holland, conhecido pelo papel de Homem-Aranha, chegam a visitar as instituições vestidos como o personagem que lhes deu fama. Outros, como Chadwick Boseman, o eterno Pantera Negra, tomaram a iniciativa de visitar crianças internadas para o tratamento do câncer de cólon, mesma doença que fez o ator falecer precocemente, em 2020, aos 43 anos.
Já no Brasil, no GRENDACC (Grupo em Defesa da Criança com Câncer) de Jundiaí, os personagens da Turma da Mônica fazem visitas regulares aos pacientes, trazendo brincadeiras e vários sorrisos.
Animais adestrados para o apoio terapêutico, como cães, gatos e até coelhos também fazem parte das iniciativas que buscam trazer alegria e acolhimento ao ambiente hospitalar.
É por meio dessas iniciativas que a felicidade, o bem-estar e a leveza chegam ao ambiente hospitalar para renovar as energias e trazer um novo impulso aos tratamentos lá realizados.
Gabriel Redondano é Médico-Anestesista com Título Superior em Anestesiologia/TSA; Título Europeu em Anestesia e Terapia Intensiva (EDAIC); Certificado de Atuação na Área da DOR (CAAD); pós-graduado em Terapia Intensiva e Anestesia em Pacientes de Alto Risco; MBA em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde; Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia); Coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital — Campinas